6 posts que apenas pessoas com baixa autoestima publicam

As redes sociais são uma vitrine onde expressamos quem somos, mas também podem revelar muito sobre o que sentimos por dentro. Muitas vezes, a baixa autoestima se manifesta em posts que parecem inofensivos, mas que carregam mensagens de insegurança ou busca de validação.

Como todo problema precisa ser identificado antes de ser tratado, analisar como você está se expressansdo nas redes sociais pode revelar muito sobre a sua relação com a autoestima. Para facilitar essa jornada, coloquei aqui os 6 posts que apenas pessoas com baixo autoestima publicam.

Vamos analisar isso juntas?

baixa autoestima psicanalista amanda goes

O que leva uma pessoa com baixa autoestima a postar?

Uma pessoa com baixa autoestima pode sentir a necessidade de postar nas redes sociais por várias razões relacionadas à busca de validação externa e ao desejo de preencher lacunas emocionais.

Listei abaixo os principais fatores que explicam esse comportamento:

Busca por Validação Externa

Quando alguém tem dificuldade em reconhecer o próprio valor, passa a depender da aprovação dos outros para se sentir bem consigo mesma. Likes, comentários e compartilhamentos se tornam uma forma de obter essa validação imediata.

Comparação Social

Uma pessoa com baixa autoestima muitas vezes se compara aos outros. Postar nas redes sociais pode ser uma tentativa de provar (aos outros e a si mesmo) que está “bem” ou que sua vida tem valor, mesmo que de forma superficial.

Necessidade de Pertencimento

A baixa autoestima pode gerar um medo de rejeição ou exclusão social. Postar frequentemente é uma forma de se manter visível, relevante e conectado ao grupo social, aliviando a insegurança de ser esquecido ou ignorado.

Autocomprovação

Por não acreditar plenamente em si mesma, essa pessoa pode usar as redes para reafirmar traços que gostaria de valorizar, como beleza física ou inteligência.

mulher no celular psicanalista amanda goes

Desabafo Disfarçado

Muitas vezes, posts são usados como um canal indireto para expressar sentimentos que a pessoa não consegue comunicar diretamente, como tristeza, frustração ou solidão.

Refúgio Emocional

Redes sociais oferecem uma sensação temporária de conforto e aceitação. A interação online cria uma distração para lidar com questões internas mais profundas, embora isso não resolva os problemas subjacentes.

Carência Emocional

Uma pessoa com baixa autoestima pode sentir uma necessidade constante de atenção e carinho. Os posts se tornam uma forma de buscar respostas positivas que preencham esse vazio emocional.

Os tipos de posts que revelam baixa autoestima

Listei abaixo os tipos de conteúdos mais comuns que vejo nas redes e mostram direta ou inderamente a baixa autoestima. Coloquei uma breve explicação do porquê.

Desabafo disfarçado”: o drama nas entrelinhas

Coloquei como primeiro, pois introduzi esse tipo de post mais acima. Postagens com frases vagas como “Ninguém valoriza o que eu faço” ou “Um dia vocês vão entender o que eu passo” são pedidos indiretos de atenção. Elas refletem a necessidade de reconhecimento, mas de forma pouco direta.

Selfies com legendas de autodepreciação

Publicar uma foto com frases do tipo “Eu não sou bonita, mas pelo menos tento” pode parecer modesto, mas é um reflexo de insegurança. A busca é por comentários que reafirmem o contrário: que digam “Não, você é linda”.

Exposição de conquistas exageradas

Celebrar vitórias é saudável, mas a necessidade constante de provar algo, como “Finalmente consegui algo que disseram que eu nunca teria!”, muitas vezes esconde uma busca de validação externa. Muitas vezes, a pessoa cria uma crença de que há algém torcendo contra e que precisa mostrar resultado para provar algo.

Comparar-se com os outros

Postagens que colocam o foco no que os outros têm, como “Todo mundo parece estar indo tão bem na vida, e eu aqui, parado no mesmo lugar”, são sinais claros de comparação destrutiva. A comparação em si nunca é boa, quando ela nasce de um lugar que naturalmente coloca a pessoa pra baixo, aí é hora de ligar o sinal amarelo.

Pedidos de atenção disfarçados de humor

Frases como “Alguém quer me adotar? Estou à venda!” ou “Cadê meu contrato de modelo?” podem soar engraçadas, mas geralmente têm uma camada de busca por aprovação.

Postagens sobre solidão ou rejeição

Mensagens como “Sempre a última opção de todo mundo” ou “Eu devo ser muito difícil de amar” indicam uma dor interna que pode estar relacionada à baixa autoestima.

E agora, o que fazer?

Se você se identificou com algum desses tipos de posts, não se preocupe: o mais importante é reconhecer o comportamento e buscar mudança. Trabalhar sua autoestima por meio do autoconhecimento, terapia ou desenvolvimento pessoal pode transformar a maneira como você se relaciona consigo mesma e com os outros.

Lembre-se: sua validação mais importante é a que vem de dentro. Não há necessidade de buscar nos likes o que já existe em você.

Com a Psicanálise ajuda a resolver a baixa autoestima?

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que investiga o inconsciente e seus impactos na forma como as pessoas percebem a si mesmas e ao mundo. Quando se trata de baixa autoestima, a psicanálise ajuda a identificar as raízes emocionais e os padrões de pensamento que sustentam essa sensação de insuficiência.

Muitas vezes, a baixa autoestima está relacionada a experiências vividas na infância, como críticas excessivas, falta de acolhimento emocional ou comparações constantes. A psicanálise auxilia o paciente a compreender como essas vivências moldaram sua autoimagem e continuam influenciando suas decisões e relacionamentos.

Durante o processo psicanalítico, o paciente é explora seus pensamentos, sentimentos e comportamentos de maneira profunda e sem julgamentos. O analista ajuda a trazer à tona questões reprimidas que podem estar alimentando a sensação de inadequação e tratar cada um deles.